28/11/2012

Carlos Marxnífico #3



Hoje vou comentar um dos maiores aviltamentos que a nossa amada pátria hemissocialista já sofreu.

Uma espúria pesquisa foi realizada, a mando da burguesia xenófoba direitista conservadora, para avaliar a educação em mais de quarenta países, incluindo o Brasil.

Nessa insidiosa pesquisa o Brasil ficou em penúltimo lugar. 
Paulo Freire, um dos maiores educadores da história da humanidade, marxista e patrono da educação brasileira, que inovou de forma sensacional todo os sistema educacional brasileiro e teve suas ideias exportadas para inúmeros países, não ficaria nada feliz (e nada surpreso) em saber da detração que sua monumental pedagogia sofreria por parte dos grandes capitalistas. 
Paulo Freire
Primeiramente, gostaria de salientar que o Brasil nunca havia figurado em tal ranking. Isso só foi possível graças às fantásticas políticas educacionais postas em prática pelo governo Lula e continuadas pelo governo Dilma, sempre auxiliados por exemplares ministros e assessores.
Ademais, se compararmos com o ranking da Unesco realizado ano passado, o Brasil figurava na 88º posição. Isso significa que em menos de um ano o Brasil subiu mais de quarenta posições em ranking internacional de educação! Algo sem dúvida jamais visto na história! Não tivéssemos ainda muito trabalho a fazer, não seria exagero dizer que nossa educação estaria chegando ao patamar da educação exemplar atingida pela União Soviética durante os grandes governos dos magistrais estadistas Lênin e Stálin - tempos em que o marxismo e a igualdade social aqueciam as almas e os corpos dos cidadãos. 

Não desistiremos na luta por um novo mundo, por um mundo melhor, por uma nova ordem mundial, ainda que nossos inimigos direitistas conservadores retrógrados elitistas capitalistas não cessem a campanha de mentiras em suas mídias e empresas de pesquisas perfidamente controladas para manter o domínio sobre o proletariado.



E o Brasil, meus camaradas, figurará entre as maiores nações da Terra, com o calor e a alegria de seu povo guiando e alimentando todo o planeta nessa transformação rumo à uma sociedade mais justa, igualitária, emancipada e verdadeiramente livre! 
Companheiros, não temam! Estamos no caminho certo! 

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Sr. Dr. Prof. PhD Carlos Marxnífico é marxista convicto e invicto nos debates que participou e leciona nas melhores universidades brasileiras.

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22/11/2012

Entrevista com Dr. Importuno


Olá a todos, sou Misto-X (diretor, criador, gerente, idealizador e administrador deste blog) e hoje entrevistarei o Dr. Importuno. 
Como todos sabem, o doutor tem uma coluna em nosso site e fala dos assuntos que considera conveniente falar, e geralmente de forma não muito conveniente - se me permitem dizer.


Misto-X: Qual o motivo, causa, razão ou circunstância do nome? É fictício, não é?! 
Dr. Importuno: Sim. Resolvi adotar esse nome porque vi que algumas de minhas observações são por demais importunas. Acho que acabo passando da conta em algumas observações. 

Observações sobre o que você costuma fazer? 
Sobre tudo. Qualquer coisa.  

Mas adotar esse pseudônimo foi uma decisão sua baseada apenas no que você achava? Ou outros também reclamavam delas?  
Todos reclamavam e ainda reclamam. Acho que o principal fator de reclamarem é pelos detalhes. Se o assunto é flatulência, não acho suficiente dizer pum, peido, rojão,... acho necessário descrever o barulho, o cheiro... As pessoas ficam enojadas, mas não estou fazendo nada além da mera descrição das características de um peido. 

Então a culpa é dos detalhes? 
Penso que a grande culpa sim. A pequena culpa é por lembrar coisas óbvias mas esquecidas, como é o caso daquilo que escrevi sobre o transporte público, ou aquela vez que escrevi sobre o beijo na boca

De maneira geral, na sua vida você se comporta assim? 
Minha vida não é pautada por essa ‘chatice’. As pessoas geralmente acham que passo o tempo todo reclamando das coisas, como se eu tivesse alguma espécie de rancor com a vida ou como as coisas são. Sou uma pessoa normal, que se precisar de falar de algo com detalhes eu falo. O problema é que muitas vezes ao falar certas coisas eu acabo quebrando certas regras de etiqueta. 
E meu espaço aqui nesta revista é praticamente para ser importuno. 

Então você seria aquilo que chamamos de politicamente incorreto? 
Não diria isso, embora esteja na moda. Talvez até por estar na moda ser politicamente incorreto que eu não usaria o termo.


Por que não viver assim, digamos, reclamando e falando escancaradamente certas coisas? 
Acho que é uma simples questão de etiqueta e educação mesmo. Imagine se todas as pessoas começassem a falar de tudo de maneira nua e crua? A vida viraria um inferno, sem sombra de dúvidas.  
Imagine um casal trocando carícias e um deles pede licença por um momento e diz que vai ‘soltar um barro’ que vai feder a casa toda, porque teve repolho e feijoada no almoço. 
A vida por si só não é fácil, e transformar ela em chiqueiro não costuma ajudar.
É verdade que algumas pessoas precisam de uma chacoalhada de vez em quando, ou de lembrar determinados aspectos da nossa natureza, mas não nascemos para viver nessa baixa de nível.

Por que você fala? Você vê alguma função naquilo que você fala?
As pessoas sempre opinam, mas grande parte não reflete muito bem algumas coisas ditas. Eu basicamente gosto de lembrar aspectos esquecidos quando determinados temas são tratados.

Atualmente, todo mundo tem uma opinião para tudo, e nada é intocável. Como você vê tal situação? 
As pessoas sempre tiveram opiniões. A questão é que hoje elas preferem falar, ainda que bobagem, do que ficar caladas.  
O líder é um sujeito que fala, o vencedor é uma pessoa que não se calou, o batalhador também. Essas características são bem ressaltadas, mas esquecem de dizer que os derrotados, os burros, os idiotas também não deixam de falar. 
Ou seja, o cerne da questão não é falar, mas falar coisa prestável.  
Penso que uma das questões chaves para tamanho falatório é que as pessoas estão muito convencidas de que suas palavras podem mudar o mundo.  

E mudam? 
Bom, parece que estamos piorando, não é? (risos) 


Como de costume, para terminar faço umas perguntas rápidas de assuntos mais atuais.  
Homoafetividade. 
Afeto entre pessoas de mesmo gênero. Uma palavra totalmente absurda se usada como substituta para homossexualidade. Esta ultima é sexo entre pessoas do mesmo gênero. É, por exemplo, o cara que chupa uma piroca e dá o rabicó. Se é feito com afeto, é outra história, e nem tira a homossexualidade do ato.  
Mas não deixa de ser uma palavra interessante, do ponto de vista estratégico. Se 'homo' se refere ao mesmo gênero, e a palavra homoafetividade pode ser usada para designar qualquer afeto entre pessoas de mesmo gênero, então o amor de um pai ao seu filho (e vice-versa) pode estar 'enquadrado' em homoafetividade.  
Se cada hora o termo é utilizado com um sentido, criamos confusão, minamos convicções e fica mais fácil convencermos. Em casos assim vence não necessariamente quem tem a melhor ou a mais correta ideia, mas aquele que soube melhor aproveitar da confusão. 
Isso significa?... Você é contra? A favor? 
Significa o que eu acabei de dizer. 
Agora, sobre dois homens se alisando, acho esquisito, mas cada um faz o que quiser na sua intimidade. 
Facebook, redes sociais em geral 
Interessante meio de manter algum tipo de conexão com pessoas não tão próximas. 
Copa 2014 
Governo idiota. Qualquer ser minimamente informado sabe que praticamente não existe cidade no Brasil capaz de suportar um evento desse porte, que o dinheiro gasto poderia realizar obras muito mais importantes do ponto de vista social. 
Mas agora não tem como voltar atrás. Tenho que correr para conseguir uma casa bem grande e hospedar o maior número possível de torcedoras estrangeiras.
O futuro? 
Quem sabe eu chego lá! 
Política? 
Quero que 99% dos nossos políticos atuais vão à merda. 
Se bem que parece que é exatamente isso que eles estão fazendo, transformando o Brasil em merda. 
Romantismo 
Doença passageira e menos intensa que a paixão. 
Uma palavra 
Não.




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01/11/2012

Manuel Bandeira

É com prazer que eu, Misto-X (diretor, criador, gerente, idealizador e administrador deste blog), anuncio uma nova categoria do blog: "trecho sem apetrecho"
Aqui serão postados textos de autores já consagrados da literatura nacional e internacional.
O nome "trecho sem apetrecho" foi assim entendido pela equipe de comunicação e marketing desta revista eletrônica:
"Trecho" por ser apenas uma pequena amostra da produção bibliográfica do escritor; "sem apetrecho" por não explicarmos ou darmos qualquer informação (útil ou não) sobre a obra ou o escritor.
Os textos serão indicados por cada um dos nossos colunistas (e também por mim).

A indicação de hoje foi feita por Fróid Kinsei Suplincí, o autor é Manuel Bandeira.



Quando estás vestida,
Ninguém imagina 
Os mundos que escondes 
Sob as tuas roupas. 

(Assim, quando é dia, 
Não temos noção 
Dos astros que luzem 
No profundo céu. 

Mas a noite é nua, 
E, nua na noite, 
Palpitam teus mundos 
E os mundos da noite. 

Brilham teus joelhos, 
Brilha o teu umbigo, 
Brilha toda a tua 
Lira abdominal. 

Teus exíguos 
- Como na rijeza 
Do tronco robusto 
Dois frutos pequenos - 

Brilham.) Ah, teus seios! 
Teus duros mamilos! 
Teu dorso! Teus flancos! 
Ah, tuas espáduas! 

Se nua, teus olhos 
Ficam nus também: 
Teu olhar, mais longe, 
Mais lento, mais líquido. 

Então, dentro deles, 
Bóio, nado, salto 
Baixo num mergulho 
Perpendicular. 

Baixo até o mais fundo 
De teu ser, lá onde 
Me sorri tu'alma 
Nua, nua, nua...

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