26/04/2012

Dr. Importuno #10

Eu falava isso há séculos. Sempre perguntava a todos (e a mim mesmo) o motivo de ninguém se importar com mamilos masculinos na televisão (ou em qualquer outro meio imagético) e sempre acharem os mamilos femininos expostos algum tipo de atentado ao pudor, coisa indecente.

Parecia hipocrisia, contradição aceitar um e rejeitar outro, mesmo que para assim pensar eu tivesse que desprezar as diferenças fisiológicas entre os peitos masculinos e femininos (embora quando as considerasse não chegava a alguma conclusão que corroborasse a proibição de peitos femininos).

O Ministério da Justiça confirmou o que eu pregava há séculos. Não há problemas na nudez. E, ao que tudo indica, não são apenas os lindos peitos femininos que estão autorizados a fazer a alegria de nossas vistas, mas também todo o restante do corpo de ambos os gêneros (o que nem sempre pode ser alegria. Ora, há algo mais feio que genitálias masculinas?). Explicam os autores que “Colocamos no guia que a nudez sem conotação sexual pode ser considerada livre para todas as idades”.

Dado que eu sabia muito bem a real intenção da tese que eu defendia
(se há peito masculino exposto, os femininos também devem ser), me vejo na obrigação de fazer oposição, ainda mais se pensarmos que a tese do ministério não está restrita aos peitos. 
Realmente não posso e não consigo sentir conforto em ter a justiça brasileira defender minhas taradices.
Alguma coisa deve estar errada.

PS: agradeço ao Dr. Fróid Kinsei Suplincí por enviar a matéria original que deu origem a este post.

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18/04/2012

Fróid Kinsei Suplincí #2

A natureza humana é controlada por desejos animalescos. A razão é a responsável por dizer ao homem o que fazer, como e porquê fazer.
Desse modo, quando um homem vê um buraquinho, deve pensar se vai fazer algo com aquele buraco e, caso positivo, o que fará com o buraco. Nossas estradas são um exemplo claro que o homem já não tem tantas idéias do que fazer com um buraco. O normal seria uma operação “tapa-buraco”, mas isso não ocorre. Parece o homem desejoso de descobrir novas funções para o buraco.
O que cabe naquele buraco? Tudo, exceto a satisfação e a plena realização do homem.
É por isso que encher um buraco já não resolve – agora é necessário preencher seu próprio vazio. Seu buraco.
A sociedade já começa a perceber (ou aceitar) por normal o preenchimento de buracos que antes não podiam ser preenchidos. Ou melhor, aceitam a tentativa de preenchimento deles, já que o “buraco” aqui em questão é bem ambíguo.
Anátema seja aquele que ousar criticar determinado preenchimento de certos buracos – como tanto faziam antigamente, mesmo que embasados em boas teorias.
Mas é exatamente porque o buraco, o vazio, é interno que não se pode fazer críticas. Fosse um buraco comum, um tradicional buraco, como um bom e velho buraco de estrada, críticas não seriam tomadas como ofensas
.

Dr. Fróid Kinsei Suplincí é sexólogo, terapeuta de casais, biólogo (com extenso estudo sobre amebas) e tem por hobby a psicologia.

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