29/08/2011

Da guerra

Sempre tive minhas duvidas se eu teria coragem de ir para uma guerra, apesar do meu entusiasmo sobre assuntos bélicos.
Pois bem, nada como as palavras de alguém que participou e estudou:

“capítulo IV
Do perigo na guerra.
Antes de o conhecer tem-se geralmente uma idéia mais atraente do que repulsiva. Investir sobre o inimigo em passo de carga, embriagado de entusiasmo – quem se preocupa então com as balas que assobiam e com os homens que tombam? Com os olhos fechados, apenas o tempo necessário para se lançar de encontro à morte gelada, sem saber se é a si ou a outros que ela poupará – e tudo isso no limiar dourado da vitória final, tendo à Mao de semear o fruto deleitável ao qual aspira a nossa ambição -, poderá ser isto difícil? Não é difícil e ainda parece menos do que o é na realidade. Mas esses instantes, que no entanto não são obra dum impulso isolado como se poderia julgar mas que se tem de aceitar como uma mistura farmacêutica, alterada e diluída pelo tempo, - esses instantes, como dizíamos, são muito raros.
Acompanhemos o novato no campo de batalha. À medida que dele nos aproximamos, o estrondo dos cachões, cada vez mais distinto, acaba por se misturar ao assobio das balas, que chama então a atenção do inexperiente. As balas que se põem a cair junto a nós. [...] As balas repercutem tão perto de nós, as granadas explodem a um tal ritmo que o lado sério da vida acaba por se impor à imaginação juvenil. Subitamente, um dos nossos amigos tomba [...] e damo-nos conta de que perdemos um pouco de calma e de presença de espírito, e até mesmo o mais destemido se sente desamparado.”

Referência:
CLAUSEWITZ, Carl Von. Da Guerra. Martins Fontes, 1979.

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20/08/2011

Um teste de inocência

Ouça as músicas e tire suas próprias conclusões sobre como anda a inocência de sua mente.


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13/08/2011

 
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